sábado

BLASTED - Estreia 27 Junho - Ponta Delgada


Momentos do estágio do processo de criação da 10ª produção do Teatro O Dragoeiro - Blasted(ruínas) de Sarah Kane - Direcção de Nelson Monforte - actores: Carolina Bettencourt, Frederico Amaral e Miguel Curiel

terça-feira

Hoje pensei EU na Arte ...

Por norma os artistas têm em comum a urgência de intervir numa sociedade cada vez mais afastada do ser humano e de um sentimento de justiça. É uma necessidade de intervir para lá dos moldes convencionais e convencionados. O mundo está envolvido no início do século passado numa transformação acelerada. Os artistas agitam-se e agitam a sociedade para reflectirem sobre a pertinência dessas transformações. Uma necessidade de desafiar os sentidos. Os dos próprios artistas e os do público. De transgredir para espaços de experiência que obrigará a sociedade a pensar sobre os moldes em que se organiza e sobre as noções pré-estabelecidas sobre a arte e os artistas. Urgência de experiência e partilha de processos novos de criação artística. Sede do novo. Sentem uma sensação como um refugiado que se desloca para uma outra terra por não ser mais possível viver nos limites da sua terra natal. Vão procurar a sua essência através da sua vida, do seu corpo, tentando chegar de uma forma directa e implicada ao público. A urgência de descobrir o sentido para uma nova acção artística hoje e agora. Questionam todo o sistema de mercado associado às obras de arte.O artista que Esbate a distancia entre vida pública e privada, artista e não artista, entre espaço do quotidiano e espaço artístico. Artista que observa o mundo com um sentido crítico. Que se utiliza a si próprio e ao seu corpo. Que testa com o público a resistência, o limite. Amplia os rituais. Expõem-se. Sem defesas. Puro. Em estado de graça

quinta-feira

Blasted(Ruínas)


Cate meu amor, eu só estou a tentar cuidar de ti...

Blasted (ruínas) Estreia dia 27 de Junho - Ponta Delgada

segunda-feira

Novo site dia 19 Maio


O novo 'site' do 'Dragoeiro - Companhia Teatral' promete um novo visual e maiores potencialidades que permitirão uma consulta mais rápida e eficaz e principalmente uma visita agradável do cidadão ao nosso mundo. Welcome to DRAGOEIRO place...

sexta-feira

Miguel Já recuperou do acidente

BLASTED
Que os ensaios era intensos fisicamente e psicologicamente já todos sabíamos. Agora estamos na fase perigosa e os acidentes acontecem. O grande objectivo é encontrar a máxima concentração e a devida utilização da técnica(corpo/voz/interpretação). Hoje na cena da luta (Ian e soldado) o actor Miguel Curiel sofreu um acidente que na altura nos pareceu muito grave perante tanto sangue depois de várias horas no hospital e de uma brilhante cirurgia plástica a um lábio rasgado voltamos a estar com o Miguel que pareceu pronto para outra. (daqui 8 dias) Que grande SUSTO...

sexta-feira

Cenários -Ideias




Work in progess

É mesmo intenso falar do real (naturalismo) os ensaios de Blasted (Ruínas) são intensos e concentrados parece que estamos num grande rodeio em cima de um boi enfurecido.

quarta-feira

Dragoeiro - Men

O dragoeiro: Tal como Homem, de uma semente são necessárias várias gerações para ser árvore. Espécie rara. Fóssil vivo, teimosamente resistente desde a noite dos tempos. De um tronco esguio, crespo e agreste rebentam no topo braços e folhas-lanças espetadas para o céu.O dragoeiro e o Homem Açoriano, uma teimosia, dois caprichos da Natureza. Gilberto Lopes

segunda-feira

Blasted - ensaios




Fotos de ensaios de Blasted (Ruínas)

sábado

BLASTED - BANDA SONORA

Na actual selecção e pesquisa para a banda sonora de Blasted (Ruínas) aqui fica um novo som.

BLASTED(Ruínas) Polémica

BLASTED(RUÍNAS) - Um espectáculo forte e polémico
O espectáculo “Blaste(Ruínas)”, da companhia teatro O Dragoeiro, promete ser o mais controverso e polémico da cultura açoriana actual - A escolha de uma das mais aclamadas autoras (Sarah Kane) da contemporaneidade faz deste espectáculo um dos maiores desafios pessoais e culturais desta companhia teatral dos Açores com dois anos de existência ainda sem instalações próprias. A idealização e a crítica acérrima aos vícios da sociedade são uma constante desta companhia fundada por criadores profissionais açorianos sobe direcção artística de Nelson Monforte (actor e encenador) que em cada novo espectáculo não poupa meios expressivos e artísticos na mira de atrair mais espectadores (novos públicos) e sobretudo preencher um espaço vazio existente na cultura açoriana há muito tempo sem um projecto profissional de grande consistência e com objectivos artísticos muito bem definidos a curto e a longo prazo para a região.“O objectivo com Blasted(ruínas) é chamar a atenção para temas éticos ou políticos que são eternos da sociedade humana, desde da violência, da miséria à publicidade e à sociedade de consumo”, disse o director da companhia, o encenador Nelson Monforte, no final de um ensaio.“Blasted” (Ruínas) é, como o nome indica, é o encontro de personagens solitárias e arruinadas.O tema central do espectáculo é “ a capacidade de violência gerar ainda mais violência" “ Pelo meio há nudez, provocações várias, vísceras e agressões, um espectáculo rico em alegorias que “deverá ser evitado pelos mais impressionáveis e por todos os que tenham uma sensibilidade social mais à flor da pele”, recomendou Nelson Monforte. A estreia está prevista para o dia 27 de Junho em S. Miguel. Blasted (Ruínas) um espectáculo a não perder pelos amantes do teatro contemporâneo.

JORNAL GAZETA DAS CALDAS RAINHA

ADOLESCENTES APRENDEM PELO TEATRO

Abordar os temas mais sensíveis para os jovens de uma forma aberta e sem complexos, é o objectivo da peça “Adolescentes na Hora H”, que foi levada à cena a 16 de Abril no auditório do Centro da Juventude pela companhia “O Dragoeiro -Companhia Teatral”.Através da simulação de um casting, dois jovens actores abordam questões como o suicídio, a “primeira vez”, a gravidez, as drogas ou a Sida, entre outras. Depois disso, são os próprios espectadores quem entram em cena. São pedidos voluntários para fazerem algumas das cenas para o casting fictício, utilizando os seus próprios argumentos na discussão que fazem com os outros intervenientes.Nas Caldas da Rainha houve alunos a discutirem com os professores (que assumiram o papel de pais e filhos) a hipótese de deixarem de estudar para irem trabalhar num bar à noite. A assistência também participou com as suas opiniões e sugestões. Desta forma, fez-se um debate informal sobre os temas em discussão.O que a companhia de teatro pretende fazer é educação dos afectos e não tentar ensinar como é que os jovens devem agir. “Cada um vê o espectáculo à sua maneira e tira as suas conclusões”, explicou Nelson Monforte, director artístico do “Dragoeiro”. “Depois o filme deles continua lá fora e quem escreve a sua história são eles”.Ao confrontarem-se com situações ficcionadas, os jovens podem aprender, em parte, a saber reagir quando for um caso real. “Normalmente a realidade é mais cruel que a ficção”, comentou o director artístico.A peça de teatro faz parte do departamento de pedagogia da Companhia de Teatro dos Açores, que tem delegações em Lisboa e no Porto, e é um programa de cultura de prevenção. Em cena há três anos, o espectáculo já foi visto por mais de 15 mil jovens.“Acreditamos que a cultura não é só espectáculos, música ou exposições. Esta tem de ser muito útil para toda a sociedade”, adiantou Nelson Monforte. É que, refere, “quando um país não tem cultura, há muita falta de auto-estima”.A companhia debruça-se sobre as questões relacionadas com os adolescentes por entender que estes atravessam uma fase complicada da vida, com vários desafios. “Acabaram de descobrir que os heróis em que acreditavam e que o mundo não é tão cor-de-rosa como pensavam. Estão muito sozinhos e escondem cada vez mais coisas dos pais”, referiu.Nelson Monforte admite que é complicado fazer este tipo de projectos, principalmente porque têm de abordar temas muito sensíveis. Apesar de ter tido formação a este nível na Dinamarca, aquele país tem um outro tipo de sensibilidade para estas questões. “Não nos dão apoio financeiro directo, mas tínhamos sempre dois técnicos disponíveis para nos acompanhar. Em Portugal a tendência é atirar dinheiro para cima dos problemas, há espera que eles se resolvam assim”, comentou.“O Dragoeiro” tem também um espectáculo para os pais, que pretende dar algumas dicas de como educar os filhos, mas têm sempre mais dificuldade em contar com a participação dos encarregados de educação porque estes parecem ter sempre falta de tempo para assistir.
PEDRO ANTUNES