quinta-feira

OBRA de Franz Kafka

Caros amigos
Findo o trabalho de mesa, começamos os ensaios da próxima produção do Dragoeiro a partir de Franz Kafka com Direcção de Nelson Monforte.
Kafka e sua obra: pessimismo? Felizmente, para nós, Kafka foi um artista e não um filósofo. Esta criação artística vem corrigir a deformação pessimista e conservadora de algumas das suas ideias filosóficas.Nas obras de ficção, Kafka não foi pessimista. A moral do pessimista é mais ou menos a seguinte: Não adianta fazer nada, porque o mundo é uma porcaria e há de ser sempre assim como está'. A moral das estórias de Kafka é muito diferente. Se podemos resumir a lição que Kafka nos dá, devemos dizer que os seus livros são gritos de alarme, são denúncias, avisos de perigo, e não aconselham ninguém a se resignar com a situação a que o mundo chegou."Um dos exemplos que mais ilustrariam o humanismo activo presente na obra kafkiana, nos é apresentada no livro O Processo.O capelão da penitenciária narra uma lenda a Joseph k, personagem central da trama:"Conta ela que um cidadão foi detido por uma sentinela diante de uma porta, que era a porta da Lei. O cidadão quer entrar porém o guarda não o permite. O cidadão pergunta se poderá entrar mais tarde e o guarda responde:"Talvez. Mas não agora". Ao perceber que o cidadão está a olhar através da porta, o guarda previne: 'Se te sentes assim tão atraído, experimenta entrar, apesar da minha proibição. Contudo, advirto que sou forte. E embora forte, sou o mais ínfimo dos guardas. De sala para sala as portas serão guardadas por sentinelas cada vez mais fortes...'...O cidadão instala se diante da porta e passa toda a vida na expectativa de um dia poder obter permissão para entrar. Já velho e a morrer, indaga da sentinela: 'por que, durante todos estes anos, não apareceu aqui outra pessoa que não fosse eu, a querer entrar por esta porta?'. O guarda responde: 'Porque esta porta não existia senão para ti, só tu tinhas o direito de entrar por ela e agora , a morreres, vou fechá-la'. E fecha...Joseph K, o personagem, revolta-se contra a atitude do guarda e acredita que ele agiu de má fé. Entretanto, o padre que havia feito a narração o critica e o adverte de que a lenda é deveras complexa e encerra inúmeras interpretações. O intuito do capelão, por sua vez é obscurecer o entendimento da narração envolver o espírito do acusado em grande desordem.Mas a lenda era bem clara: O cidadão cometeu o pecado da obediência. Ele não ousou discordar da absurda autoridade nem questionar a sua legitimidade".O próprio Joseph K, ao longo ddo mosntruoso processo luta para sobreviver, mas morre porque nunca leva a sua luta contra a desumana organização judicial às últimas consequencias. Esta ideia é recorrente nas diversas obras de Kafka, além de O Processo, aqui citado. Em Diante da Lei, nos ensina que para se conseguir justiça é preciso enfrentar com rigor e obstinação os males da passividade. Assim também ocorre em A Toca - Uma advertência contra a inércia causada pelo medo. É assim em Um Velho Manuscrito, que sugere a busca dentro de nós mesmos da coragem imprescindível para fugir dos opressores.

terça-feira

Work in progress - Franz Kafka

O HOMEM MAIS RICO DO MUNDO de George Clason

PRÓXIMOS:
DIA 14 DE MAIO TEATRO FAIALENSE 21.30
DIA 15 DE MAIO AUDITÓRIO ESCOLA PROFISSIONAL DA HORTA 11h.
DIA 18 DE MAIO AUDITÓRIO CM VELAS 21.30

sábado

O MOTOR BIOLÓGICO -Curta-metragem 2009

Em revisão e visionamento de 28 Abril a 1 Maio-Dragoeiro. De 4 a 8 de Maio C.M.de Albufeira G.J."E amanhã não seremos o que fomos, nem o que somos" Ovídio