«Noites Brancas», o fenómeno, a simbologia, os significados
“Noites brancas”, são noites do início do verão em que não escurece, este fenómeno acontece em ambos os hemisférios a partir dos 60 graus de latitude norte e sul. Em São Petersburgo, onde decorre a acção da narrativa (“Noites Brancas”), este fenómeno vai de 11 a 2 de Julho. Na obra, segundo a leitura do tradutor (Filipe Guerra) para português: a noite é o sonho, o dia é a vida, a noite branca imita o dia; o herói de «Noites brancas» vive no sonho (a sua alienação), vive de noite, por isto precisa que a noite lhe seja branca, para imitar o dia, que o sonho seja vida; por isto as noites dele terminam pela manha, por isto a vida dele termina pela manha, com a realidade.“As minhas noites acabam de manhã.”em: Noites brancas. F. Dostoiévski Para mim e para este espaço, NoitesBrancas, significam o não escurecer e o sonho, mas de uma perspectiva menos clara/literal e afirmativa, são as minhas insónias [estou a tornar-me repetitivo!?] e a ocupação do tempo das mesmas com algo ao mesmo tempo lúdico e útil [estarei a ser demasiado pretensioso?] para mim e para quem o ler são a necessidade de partilha de assuntos, pensamentos, etc. que por vezes me assolam e não encontro um meio para que tal partilha aconteça. Noites Brancas, são ainda uma expressão que me remete imediatamente para sentimentos e situações menos agradáveis/positivas – digamos – como solidão, angustia, cansaço, problemas de consciência e de “coração”… saudade...
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